João Cesar Rando mostrou os resultados do programa de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas e sua importância para a construção de uma agricultura sustentável
Construído a partir da integração dos envolvidos na cadeia produtiva agrícola, o programa brasileiro de logística reversa de embalagens e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas, o Sistema Campo Limpo, tornou-se líder e referência mundial ao encaminhar para reciclagem ou incineração 94% das embalagens comercializadas no país. Ao longo de 20 anos de atividade, o Sistema destinou mais de 650 mil toneladas de embalagens, entre 2002 e dezembro de 2021. Esses números foram apresentados em reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no último dia 21, por João Cesar Rando, diretor-presidente do inpEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, responsável pela gestão do programa.
Presidente da FPA, o deputado Sérgio Souza (MDB-PR) destacou a importância da logística reversa para a preservação do meio ambiente. “O Brasil é o país que tem a agricultura mais sustentável do planeta. Temos que mostrar isso para os nossos brasileiros. É uma mudança do agricultor a favor da humanidade,” disse.
O deputado Alceu Moreira (MDB-RS) ressaltou o papel da Bancada em acompanhar de perto a questão da logística reversa. “Do ponto de vista ambiental, esse é um trabalho perfeito, nenhuma outra frente no mundo tem o grau de eficiência que temos aqui”, frisou.
A Lei 9.974/2000 regulamentou o destino das embalagens, criando atribuições e responsabilidades para indústrias, produtores, distribuidores e poder público. Rando destacou como o programa é exemplo bem-sucedido de aplicação do conceito de economia circular, pois de cada 100 embalagens recebidas pelo Sistema Campo Limpo, 93 voltam ao processo produtivo após seu uso no campo. “O processamento origina novas embalagens de defensivos agrícolas, seguras e certificadas, além de outros artefatos aplicados em uma série de setores como no campo, na construção civil, na energia e na indústria automotiva”. Cerca de 7% das embalagens que não podem ser recicladas são incineradas de forma ambientalmente adequada.
Como benefícios ambientais do programa, o diretor-presidente do inpEV ressaltou que mais de 899 mil toneladas de CO2e deixaram de ser emitidos para a atmosfera entre 2002 e 2021, volume que exigiria a plantação de 6,5 milhões de árvores para ser capturado. E o Sistema gerou ainda uma economia de energia elétrica suficiente para abastecer 5,2 milhões de residências durante um ano.
“O tema é muito importante e o inpEV é um exemplo. Faz um trabalho impressionante país afora. Diversos políticos do meu estado estão aqui porque acreditam que o tema pode ser levado para as cidades,” disse o deputado Nelson Barbudo (PL-MT).
“Se o mundo soubesse quanto estamos ajudando o meio ambiente, seríamos aplaudidos no exterior. Somos sustentáveis. Se a cidade seguisse o exemplo do campo, nossos rios estariam limpos e o meio ambiente agradeceria,” completou a deputada Aline Sleutjes (PROS-PR).
inpEV e o Sistema Campo Limpo
Fundado em 2002, o inpEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, é a entidade gestora do Sistema Campo Limpo, com o processo regulamentado pela Lei de Agrotóxicos (Lei Federal nº 7.802).
É uma instituição sem fins lucrativos, formada por 140 fabricantes e nove entidades representativas da indústria, distribuidores e agricultores.
Informações sobre o inpEV e o Sistema Campo Limpo estão disponíveis no site www.inpev.org.br, no Facebook , Youtube e Instagram.
Unidades de Recebimento
No Brasil, existem mais de 400 unidades fixas de recebimento de embalagens vazias de defensivos agrícolas: 99 centrais e 312 postos. Do total de unidades, 92 contam com o Agendamento Eletrônico de Devolução.
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