Para o transporte de materiais considerados resíduos perigosos, representados pelas embalagens não laváveis, as que não foram corretamente lavadas pelos agricultores e pelas sobras pós-consumo, o processo de movimentação é padronizado em conformidade com a legislação vigente.

Tendo a logística como um aspecto fundamental do Sistema, o inpEV busca permanentemente incrementar sua eficiência nessa área, por meio de diversas ações focadas na redução de custos e na otimização de processos. Uma delas é o diálogo constante com as principais transportadoras envolvidas no Sistema, buscando atender a legislação e efetivar melhorias no processo. Também são feitas ações preventivas, como a verificação dos veículos antes de sua saída, com apoio de um checklist que inclui itens como documentação, pneus, freios, cintas para amarrar os fardos e também as condições do motorista. Como resultado de todo esse cuidado, em 2018 não houve nenhum acidente logístico envolvendo os caminhões do Sistema.

Uma medida de destaque adotada pelo Sistema Campo Limpo para a otimização de processo e a redução de custos é o frete de retorno: o mesmo veículo que entrega os defensivos agrícolas do fabricante para produtores, distribuidores e cooperativas transporta as embalagens vazias e sobras pós-consumo das unidades de recebimento para os recicladores e incineradores. Além de suas vantagens ambientais, esse tipo de frete reduz os custos em aproximadamente 45%. Adicionalmente, ele reduz o número de veículos em trânsito e diminui a emissão de poluentes. A iniciativa ainda contribui para a redução dos riscos, uma vez que os motoristas de caminhões aptos a transportar as embalagens cheias são mais especializados.

Há ainda diversas outras ações que contribuem para a melhoria do planejamento logístico. Uma delas é o adEV, que oferece aos agricultores a possibilidade de programar as devoluções das embalagens por meio do computador. Outra é a ferramenta denominada Sistema de Informações das Centrais (SIC), que disponibiliza via web, dados sobre os recebimentos, classificação, processamento, saída de materiais, entre outras operacionalidades, facilitando o planejamento logístico. Por fim, o recebimento itinerante permite receber embalagens vazias por meio de unidades volantes, viabilizando a integração ao Sistema Campo Limpo de regiões mais distantes das unidades fixas de recebimento, especialmente aquelas onde a quantidade de embalagens não justifica a instalação de uma unidade fixa.

Ainda no que diz respeito à eficiência logística, cabe dizer que em 2018 o inpEV teve na greve dos caminhoneiros um importante desafio. A paralisação dos motoristas por todo o país afetou as empresas em geral, prejudicando volumes e margens, e impactou particularmente os custos do inpEV ao suscitar o estabelecimento de uma nova tabela de fretes pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A nova tabela implicou aumento sobretudo nos custos de transporte de resíduos não perigosos (ou de embalagens não perigosas), que corresponde a cerca de 90% de tudo que o Instituto transporta. Diante desse desafio, a área de Logística do Instituto fez um forte trabalho de gestão para mitigar esses impactos – um esforço exitoso que permitiu reduzir de maneira significativa o efeito desse evento sobre os custos do inpEV.

Em 2018, o Sistema Campo Limpo movimentou 12.227 caminhões de embalagens vazias de defensivos agrícolas sendo:

8.885 de postos para centrais e 3.342 de centrais para os destinos (recicladores ou incineradores)
Em 2018, a greve dos caminhoneiros impactou particularmente os custos do inpEV ao suscitar o estabelecimento de uma nova tabela de fretes, pela ANTT. Diante desse desafio, a área de Logística do Instituto fez um forte trabalho de gestão para mitigar esses impactos – um esforço exitoso que permitiu reduzir o efeito desse evento sobre os custos do inpEV.