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Embalagens são compactadas e organizadas em pallets para envio à destinação final

Desempenho econômico-financeiro

Autossuficiência: busca por agregar valor ao Sistema

Criado pela indústria do setor agroquímico para cumprir a responsabilidade da destinação ambientalmente correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas, o inpEV tem como principal fonte de financiamento as contribuições das empresas associadas. Também compõem a receita as taxas de credenciamento dos recicladores parceiros do Sistema Campo Limpo, o ingresso para custeio das unidades de recebimento e o arrendamento da Campo Limpo Transformação de Plásticos S.A.

A gestão financeira se esforça para reduzir custos e ampliar a eficiência, ao mesmo tempo em que busca capturar valor a partir da cadeia gerenciada pelo instituto e da expansão da sua área de atuação. Agregar valor à reciclagem é uma forma para capturar valor e revertê-lo para mitigar os custos do Sistema. Desde 2008, a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos, e mais recentemente em 2015 a Campo Limpo Tampas e Resinas Plásticas, atuam como recicladoras parceiras, fabricando e comercializando novas embalagens de defensivos agrícolas a partir do material reciclado proveniente do Sistema (leia mais sobre as empresas aqui).

Aproveitando a expertise desenvolvida, o instituto também pretende ampliar o leque de serviços, transformando o conhecimento da equipe e a infraestrutura já construída em valor por meio da prestação de serviços de consultoria (leia mais no box a seguir).

Projeto para recebimento de embalagens de fertilizantes foliares

No final de 2016, o inpEV e a Abisolo (Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal) firmaram um contrato para a realização em um projeto-piloto de logística reversa das embalagens vazias geradas no setor de fertilizantes foliares, organominerais, orgânicos, substratos para plantas e condicionadores de solo em algumas localidades selecionadas.

O projeto-piloto buscará entender a dinâmica da devolução das embalagens daquele segmento e identificar a viabilidade de que sua logística reversa aconteça por meio das unidades de recebimento do Sistema Campo Limpo, utilizando o conhecimento e a infraestrutura instalados.

Naquela ocasião, em 2002, discutíamos muito se a lei iria 'pegar'. Era uma legislação nova, que trazia o conceito das responsabilidades compartilhadas, do papel de cada um, incluindo o agricultor. Foi um trabalho árduo de conscientização dos elos. Fazê-los entender que éramos parceiros em uma mesma cadeia. Lembro que nós celebramos muito as 4 mil toneladas. Hoje, já ultrapassamos 410 mil.

Regina Sousa, gerente Administrativo-Financeira, no inpEV desde 2002

Demonstração do valor adicionado (R$ mil) GRI G4-9 e G4-EC1

201420152016
1. Receitas1106.747115.069115.398
2. Insumos adquiridos de terceiros89.60194.26694.786
3. Valor adicionado bruto (1-2)17.14520.80220.611
4. Retenções6.4976.7376.942
5. Valor adicionado líquido produzido (3-4)10.64714.06413.669
6. Valor adicionado recebido em transferência1.8943.2134.090
7. Valor adicionado total a distribuir (5 + 6)212.54117.27817.759
Colaboradores (remuneração, benefícios e encargos)10.25811.61912.778
Governo (impostos, taxas e contribuições)3.5673.6743.992
Lucro retido/prejuízo do exercício-1.6761.577588
Remuneração de capital de terceiros (juros e aluguéis)392407400
Valor adicionado acumulado3.352-3.154-1.176

1 Inclui reversão de provisões, Cofins de arrendamento e despesas não operacionais.
2 O inpEV é uma sociedade civil, de direito privado, sem fins lucrativos, constituído por um grupo de associados não remunerados. Assim, não há remuneração de acionistas.

Investimentos no Sistema

Mais de

R$ 1 bilhão

investidos em 15 anos

Principais indicadores

201420152016
Custo por kg (total)
Custo por kg (sem a área de projetos)
Orçamento inpEV (sem a área de projetos, em R$ mi)
Total de embalagens destinadas
Total de embalagens recicladas
Total de embalagens destinadas (de Pead Mono em t)*
Total de embalagens destinadas (de Coex em kg)
Exposição na mídia (clippings)
Peso transportado por caminhão (em kg)

Superado Realizado
Realizado, ainda que próximo do limite (atenção) Abaixo do estimado

* Fatores climáticos, menor incidência de pragas e atrasos no plantio ocasionaram a divergência entre o volume planejado e o realizado.

Desempenho econômico-financeiro (R$ milhões)

201420152016
Ativo total9510196,0
Recursos totais que financiam o programa (inpEV + elos da cadeia) acumulados desde 20028019101.006
Receita operacional107115116
Contribuições de associados556161
Taxa de credenciamento1121312
Arrendamento Campo Limpo2667
Patrimônio líquido767779
Dívida líquida30,311

1 Pago pelos recicladores pela remessa de embalagens e pela cooperação técnica com o inpEV.
2 Aluguel pago pela Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos ao inpEV.
3 Considera-se apenas obrigações com fornecedores, excluindo-se obrigações com centrais e postos.

Cenário tributário e regulatório

Atento aos interesses da cadeia agrícola, o inpEV monitora o cenário regulatório e institucional. Um dos desafios é conseguir o tratamento tributário mais favorável ao programa de logística reversa.

Em relação ao Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), o inpEV defende que as embalagens já são tributadas na origem e não há circulação de mercadoria no momento da devolução, argumento que foi recusado pelo Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), órgão do Ministério da Fazenda. Dessa forma, o inpEV segue com negociações em cada estado com base no Convênio 51/99, que prevê o benefício da isenção do ICMS sobre a circulação das embalagens pós-consumo. No atual formato, cada estado pode decidir se adota ou não a aplicação do convênio.

Em 2016, dois novos estados, Santa Catarina e Roraima, concordaram com a argumentação do instituto e aderiram ao Convênio. Com isso, são 11 os estados com regulamentação para isenção do imposto, incluindo aqueles que compõem grande parte do seu volume (Bahia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul).

Em relação à Cofins, o instituto também busca sensibilizar a Receita Federal a não tributar a taxa de credenciamento das recicladoras. O instituto recebe das empresas recicladoras uma taxa correspondente à transferência de conhecimento relativo ao processo de utilização das embalagens vazias derivadas da indústria agroquímica para outros artefatos e a treinamentos para funcionários dessas empresas. Esse recurso é reinvestido no próprio Sistema, em conformidade com o que prevê a lei das associações sem fins lucrativos.

Em função do benefício ambiental da logística reversa e da reciclagem das embalagens vazias, o inpEV também se mantém atento a novos mecanismos que possam estimular esse mercado. O instituto tem acompanhado propostas em tramitação no Congresso Nacional como um projeto de lei que busca desonerar o produto final que utilize material reciclado em sua composição.

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