Reconhecimento mundial: inpEV é destaque em Simpósio Internacional sobre gestão de embalagens 

Em setembro o diretor-presidente do inpEV, Marcelo Okamura esteve no Vietnã para participar do CropLife International Container Management Symposium, um evento global que reuniu especialistas de diversos países para discutir o futuro da gestão de embalagens e plásticos. O tema da sustentabilidade e a destinação correta de resíduos têm ganhado espaço em fóruns globais e o Brasil foi um dos grandes destaques, com o modelo de logística reversa do inpEV sendo amplamente reconhecido como referência mundial.  

Segundo Marcelo Okamura, foi um orgulho compartilhar a experiência do inpEV e observar o impacto positivo que o Instituto tem gerado por meio do pioneirismo. “Há mais de 15 anos, o Brasil deu um passo à frente no uso de resinas de pós-consumo na produção de embalagens de defensivos agrícolas. Esse movimento nos colocou à frente de muitos países quando o assunto é economia circular. Hoje, essas embalagens são totalmente recicláveis, sendo reutilizadas para a criação de novos artefatos, o que transforma resíduos em novos produtos, fechando o ciclo de vida das embalagens.” 

“Nosso grande trunfo nessa área é o Sistema Campo Limpo, o primeiro programa de logística reversa no agronegócio do mundo, coordenado pelo inpEV. Ele garante que 100% das embalagens vazias de defensivos agrícolas recebidas tenham a destinação ambientalmente correta. E os números são impressionantes: 97% são recicladas, enquanto 3% são incineradas de forma controlada. Além disso, desde 2017, também começamos a receber sobras pós-consumo de defensivos, aumentando ainda mais o impacto positivo dessa operação.” 

Ainda de acordo com o diretor-presidente, chamou a atenção todo reconhecimento internacional do inpEV. “Países como Austrália e Argentina estão utilizando o Brasil como referência para implementar sistemas semelhantes. Nosso modelo tem sido replicado para garantir que as embalagens também tenham uma destinação correta e sustentável em outras partes do mundo. O que começamos há mais de uma década agora está servindo de inspiração global.” 

O Papel do Brasil na Agenda Global 

Ao longo do simpósio, ficou claro que o Brasil é visto como uma liderança natural quando o assunto é gestão de embalagens de defensivos agrícolas. E isso foi reforçado pelas discussões sobre como outros países estão buscando seguir os mesmos passos. O inpEV, como gestor do Sistema Campo Limpo, é uma peça central nesse processo. A capacidade do sistema em garantir a correta destinação de embalagens é um exemplo de como a sustentabilidade pode ser aplicada de forma prática e eficiente. 

Outro ponto de destaque foi a participação da China no evento, que também está avançando em sua capacidade de reciclagem de plásticos. A China destacou um aumento significativo no volume de plásticos reciclados, colocando-se ao lado do Brasil em termos de esforços globais nesse setor. No simpósio, o Brasil e a China foram os únicos países a terem espaço de apresentação e serem destacados por suas práticas avançadas, além do Vietnã, que, como país-sede, também apresentou suas iniciativas locais. 

Um Olhar Mais Atento Sobre o Impacto 

Um dado curioso que surgiu nas discussões foi o de que o Brasil gera apenas 1,3% de todo o lixo plástico do mundo. Apesar desse percentual relativamente baixo, a importância do trabalho do inpEV na gestão de embalagens de defensivos agrícolas se destaca pela eficiência. Embora o volume dessas embalagens seja pequeno no contexto geral, 100% delas têm destinação correta, o que demonstra como o Brasil tem atuado de forma eficaz nesse campo. 

Além disso, a participação do Brasil no simpósio reforçou a ideia de que não basta apenas reduzir o volume de resíduos, mas sim garantir que eles sejam tratados da maneira correta. “Com a logística reversa e a utilização de resinas de pós-consumo, conseguimos não apenas dar uma destinação adequada, mas também reutilizar materiais que, de outra forma, seriam descartados e assim preservar o meio ambiente. O conceito de economia circular é uma realidade para nós há anos, e isso ficou evidente nas apresentações e nos debates que ocorreram ao longo do evento.”, finaliza Marcelo Okamura. 

O inpEV, como responsável pela gestão do Sistema Campo Limpo, foi citado diversas vezes como um pilar fundamental para o sucesso dessa iniciativa no Brasil. A experiência brasileira não só colabora para um ambiente mais limpo, mas também gera impacto econômico, promovendo inovação e eficiência. 

Paulo Celso Mathias, da BASF, destaca o Sistema Campo Limpo e iniciativas de circularidade de plásticos da companhia 

“A integração entre tecnologia e sustentabilidade é fundamental para um futuro agrícola responsável e resiliente, conectando inovação, agricultores e sociedade”, observa Paulo Celso Mathias, diretor de Operações e Supply Chain de Soluções para Agricultura da BASF na América Latina 

Paulo Celso Mathias é diretor de Operações e Supply Chain de Soluções para Agricultura da BASF na América Latina. Com mais de 35 anos de experiência na BASF, Paulo já passou por diferentes áreas da multinacional química – Engenharia de Manutenção e Projetos, Sistemas de Informação, Auditoria Interna, Controladoria de Negócios, Logística e Supply Chain – atuando nas operações do Brasil e Alemanha. Em entrevista ao Portal do Sistema Campo Limpo, o executivo fala sobre inovação, sustentabilidade e da importância da atuação do inpEV e do Sistema Campo Limpo.   

1.Enquanto representante da BASF e integrante do Conselho diretor do inpEV, como avalia a atuação do Instituto e do Sistema Campo Limpo? 

O Brasil é referência no processamento sustentável de embalagens vazias, com 97% das embalagens recebidas destinadas à reciclagem, enquanto os 3% restantes são devidamente incinerados, segundo o próprio inpEV. Esses dados demonstram a atuação bem-sucedida do Instituto. O Sistema Campo Limpo chega para alavancar esse cenário, promovendo a sustentabilidade também na agricultura a partir da destinação ambientalmente correta de embalagens de defensivos agrícolas. 

O sucesso da iniciativa é resultado da colaboração entre todos os elos da cadeia, por isso, a união de agricultores, indústria, revendedores e agentes públicos é tão importante, bem como a atuação do inpEV como promotor desse progresso sustentável. 

2. Como a sua companhia tem contribuído com o trabalho desenvolvido pelo Sistema Campo Limpo? 

Como parte de um dos elos da cadeia, a BASF atua em colaboração com o Sistema Campo Limpo em diversas frentes. Participamos ativamente dos comitês do Sistema, em que promovemos educação e conscientização a partir de treinamentos com os agricultores sobre a importância do retorno das embalagens vazias pós-uso, uma exigência obrigatória. Isso vai ao encontro com o compromisso da BASF em apoiar o legado dos agricultores com responsabilidade socioambiental. 

Vale ressaltar que realizamos, por meio da Fundação Eco+, a consultoria de sustentabilidade mantida pela BASF, a contabilidade do número de embalagens retornáveis que devem ser declarados anualmente. Isso nos permite saber a quantidade de embalagens que foi para o mercado e quantas retornaram, garantindo um monitoramento preciso e transparente. 

3. A BASF desenvolve diversas iniciativas de sustentabilidade, muitas delas relacionadas à circularidade do plástico. Poderia destacar as principais ações e os seus resultados? 

Temos muito orgulho em desenvolver iniciativas de sustentabilidade voltadas à circularidade dos plásticos, não só na agricultura, mas em outras áreas de negócio da BASF. Por exemplo, o B-Cycle, nosso portfólio robusto de soluções para reciclagem mecânica do plástico, que melhora a qualidade, performance e segurança do produto reciclado para que possa voltar ao consumidor com mais facilidade. Já o ChemCycling® é uma iniciativa de reciclagem química de resíduos plásticos não recicláveis mecanicamente, transformando-os em uma matéria prima secundária chamada óleo de pirólise para criar produtos químicos. Esse processo diminui a liberação de gases de efeito estufa pois os resíduos plásticos não são incinerados. 

O CirculAí, um projeto que ressignifica o refugo de poliamida 6 e 66, promovendo o uso de materiais reciclados e garantindo rastreabilidade e aplicações de vida longa é outra ferramenta importante. Além disso, somos uma das empresas pioneiras na adoção dos bioplásticos degradáveis e compostáveis, como o ecoflex® e ecovio®. Importante dizer que os benefícios da aplicação de plásticos biodegradáveis na agricultura incluem a conservação da temperatura, melhor aproveitamento de nutrientes e proteção das culturas de ervas daninhas. A grande vantagem em relação aos plásticos convencionais é que os filmes de ecovio® não precisam ser removidos na colheita e, por serem compostáveis, produzem adubo que enriquecem o solo, sem impactos ambientais, beneficiando o plantio e aumentando sua produtividade. 

4. Quais são os principais desafios da empresa na implementação dessas ações? 

Reconheço que um dos principais desafios é a necessidade de expertise para identificar oportunidades e modelos de negócios viáveis, considerando que a informalidade das cadeias de reciclagem e gestão de resíduos dificulta a rastreabilidade e a garantia de qualidade dos materiais. Garantir que os plásticos reciclados mantenham qualidade e performance comparáveis aos dos materiais virgens, por exemplo, é essencial para a eficácia da reciclagem. Isso exige apoio técnico e financeiro, além de sistemas de rastreabilidade mais avançados. 

5. Qual a visão da BASF sobre a integração de novas tecnologias e práticas sustentáveis no setor agrícola nos próximos anos? 

A inovação é uma das bases do trabalho da BASF. Por isso, acredito que o avanço da tecnologia tem um poder transformador e pode ajudar o produtor rural a obter rentabilidade de maneira eficiente e sustentável, em termos de utilização de recursos naturais. Por isso, estamos comprometidos em continuar investindo em soluções inovadoras que promovam a sustentabilidade e que facilitem o enfrentamento de novos desafios no campo, bem como manter iniciativas pautadas pelo compromisso com o desenvolvimento sustentável, como é o caso da Fundação Eco+. A integração entre tecnologia e sustentabilidade é fundamental para um futuro agrícola responsável e resiliente, conectando inovação, agricultores e sociedade. 

RS ajusta calendário de Recebimentos Itinerantes após enchentes 

De acordo com o SindiTabaco, os eventos especiais de devolução de embalagens vazias no estado foram suspensos por 41 dias devido ao incidente, enquanto as centrais e postos de recebimento continuaram funcionando normalmente

As enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul no final de abril deste ano obrigaram a interrupção do programa de Recebimento Itinerante por 41 dias. Em decorrência disso, o calendário da ação especial de devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas foi reajustado pelo Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), responsável pelo programa no estado. 

Os bloqueios e danos nas estradas impediram que o Recebimento Itinerante seguisse o roteiro planejado, que abrangia o Vale do Rio Pardo, região fortemente afetada pelas chuvas. Alguns locais dessa área ficaram sem a ação na data inicialmente prevista, mas será reagendada ainda este ano. 

O Recebimento Itinerante foi retomado em 24 de junho, seguindo outra rota onde as condições eram seguras para os produtores e colaboradores. Atualmente, o programa está ativo na região Sul do RS até 5 de setembro. Em seguida, entre 9 e 26 de setembro, abrangerá 73 municípios da região Noroeste do estado. 

“Como o objetivo principal da iniciativa é garantir a destinação correta das embalagens, com comodidade e segurança, os pontos de recebimento são sempre próximos aos produtores de tabaco, em pequenas localidades rurais. Diante das adversidades climáticas no Rio Grande do Sul, foi necessário suspender o programa temporariamente, mas agora ele está operando normalmente, beneficiando quase 110 mil produtores de tabaco no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina”, afirma Iro Schünke, presidente do SindiTabaco. 

Gelson Lang, coordenador Regional Institucional do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV), ressalta que nenhuma das 49 unidades de recebimento que compõem o Sistema Campo Limpo no Rio Grande do Sul foi afetada pelas enchentes. “O Sistema Campo Limpo, no geral, foi impactado principalmente na logística de transporte devido às condições das estradas. No entanto, o programa continuou operando normalmente, atendendo os agricultores nas unidades de recebimento nos horários habituais”, destaca Lang. 

inpEV participa de reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária 

Instituto destacou a importância do trabalho do Sistema Campo Limpo e reforçou o compromisso com um agro sustentável; 

No dia 13 de agosto, em Brasília, diversos parlamentares estiveram presentes para a reunião da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Com o objetivo de discutir as pautas de interesse do setor, o evento contou com a participação do inpEV, Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias, entidade sem fins lucrativos que faz a gestão do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas, que é referência mundial. 

Segundo Marcelo Okamura, presidente do inpEV, o encontro foi uma oportunidade para apresentar os resultados e mostrar a magnitude do programa. “O agronegócio brasileiro é uma potência, pois são 28 milhões de trabalhadores, contribui com 20% do PIB brasileiro e nós conseguimos atuar de uma maneira sustentável ao meio ambiente, colaborando de forma ativa com a preservação ao promover a destinação adequada de 100% das embalagens vazias que recebemos. No total, foram mais de 750 mil toneladas de embalagens destinadas corretamente nos últimos 20 anos e isso evitou a emissão de 1,05 milhão toneladas de CO2e na atmosfera. Esse volume equivale a 19.830 viagens de caminhão ao redor da terra”.  

Parlamentares aproveitaram a oportunidade para parabenizar o inpEV pelas ações que são desenvolvidas. “Devemos parabenizar o INPEV, que está fazendo um belíssimo trabalho, limpando o campo brasileiro e auxiliando o setor agropecuário,” disse o deputado Luiz Nishimori (PSD-PR). O deputado Pezenti (MDB-SC) destacou que este trabalho muda a face da agricultura brasileira. “Vocês trouxeram mais saúde para quem trabalha no campo. É algo crucial para enfrentarmos essa guerra de narrativas contra o agro e continuarmos lutando pelo setor.” 

Ainda de acordo com Okamura, o poder público é um elo essencial dentro da cadeia agrícola. “Falar sobre o Sistema Campo Limpo é falar sobre o sucesso de uma cadeia virtuosa que começou com uma lei que possibilitou a destinação correta de embalagens vazias de defensivos agrícolas no Brasil, país com vocação agrícola e de dimensões continentais. É uma oportunidade de mostrarmos para todos os setores que, se o agronegócio consegue ser sustentável, os demais setores também podem”.  

MS investe em controles informatizados para a devolução de embalagens vazias 

Projeto está prestes a completar 10 anos e impacta cerca de 20 mil agricultores no estado 

A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (IAGRO) de Mato Grosso do Sul vem investindo desde 2015 em um projeto de controle de devolução de embalagens vazias de defensivos agrícolas. Integrado ao Sistema Campo Limpo, o objetivo principal da iniciativa é promover a conformidade no campo, desde a comercialização e prescrição do produto até a devolução das embalagens. O órgão estima que mais de 20 mil agricultores possuem suas informações rastreadas em relação ao consumo dos produtos em todo o estado.  

Por meio de controles informatizados, a Iagro conta com um painel macro, em sua sede, que informa o volume de embalagens vazias de defensivos devolvidas no estado, com dados por classe de produto, tipo de material e por município. A atual etapa do projeto visa fornecer ao produtor a informação do que foi adquirido e devolvido em um extrato que pode ser acessado em seu celular, por exemplo.   

“Ao receber essa informação, o produtor pode fazer uma gestão mais adequada das embalagens que estão em sua propriedade. Atualmente, os nossos técnicos já possuem um dispositivo móvel no processo de fiscalização em campo. Isso representa um ganho de eficiência, permitindo que orientem cada vez melhor os agricultores”, destaca Glaucy Ortiz, fiscal da Iagro.  

“A informatização do Sistema Campo Limpo, seja via as devoluções nas unidades de recebimento, seja no âmbito da fiscalização, visa melhorar o programa de logística reversa como um todo. Dessa forma, cada parte consegue cumprir suas responsabilidades”, ressalta Hamilton Flandoli, coordenador Regional Institucional do inpEV.  

Dia Nacional do Campo Limpo mobiliza mais de 74,5 mil pessoas para celebrar os resultados do Sistema Campo Limpo 

A celebração teve iniciativas em mais de 130 cidades. Oportunidade para levar informações sobre sustentabilidade e a importância do descarte correto das embalagens de defensivos agrícolas 

As atividades promovidas para celebrar o Dia Nacional do Campo Limpo (18/08) contaram com a participação de 74,5 mil pessoas que estiveram presentes em cerca de 400 ações realizadas em mais de 130 cidades. Com o tema “Comemorando juntos as conquistas de todos”, a 20ª edição do evento reuniu autoridades, agricultores, estudantes e comunidade.  O DNCL é promovido pelo inpEV (Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias), entidade gestora do Sistema Campo Limpo. 

O Instituto, sem fins lucrativos, celebra ainda o marco de mais de 754 mil toneladas de embalagens vazias destinadas de forma ambientalmente correta desde 2002, contribuindo para que 1,05 milhão de toneladas de CO2 e deixassem de ser emitidas.  

“Os dados comprovam o sucesso da celebração do Dia Nacional do Campo Limpo. As nossas ações para a preservação do meio ambiente e promoção da sustentabilidade estão cada vez mais fortes e vamos continuar atuando junto aos elos da cadeia para que as nossas conquistas sejam cada vez maiores,” comenta Marcelo Okamura, diretor-presidente do inpEV. 

Ainda de acordo com Okamura, o agronegócio pode servir de exemplo para outros setores. “Se o agro consegue ser sustentável e ter esse olhar atento ao meio ambiente, todos os demais setores também conseguem. Nosso objetivo também é servir de modelo e inspiração sobre economia circular e logística reversa.” 

A programação para a celebração da data incluiu palestras para estudantes de todos os níveis, ação educativa e homenagens a centenas de agricultores por se destacarem ao cumprir sua parte para a destinação adequada das embalagens. Foram reconhecidos os produtores rurais que realizam a tríplice lavagem, inutilizam e entregam as embalagens nas unidades de recebimento credenciadas ao inpEV e ao Sistema Campo Limpo. 

O Sistema que nos orgulha!

A série O Sistema que nos orgulha apresenta depoimentos de representantes de elos da cadeia do Sistema Campo Limpo – agricultores, fabricantes, registrantes, canais de distribuição e poder público – além de admiradores do programa de logística reversa de embalagens vazias de defensivos, referência mundial. Veja, abaixo, outros depoimentos:

Confira o depoimento de Ângelo Massambani Head de Compra de Insumos do Grupo Scheffer (MT):

Confira o depoimento de Marcelo Machado, Diretor de Originação da Amaggi (MT):

inpEV divulga seu Relatório de Sustentabilidade 2023 

Publicação enfatiza o desempenho do Sistema Campo Limpo durante o período, com destaque para o aumento de 10% no volume de destinação de embalagens vazias, comparado ao ano anterior, totalizando 53,2 mil toneladas 

O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV) acaba de divulgar seu Relatório de Sustentabilidade 2023, que reúne os principais resultados financeiros, operacionais e socioambientais do Sistema Campo Limpo, programa brasileiro de logística reversa de embalagens vazias e sobras pós-consumo de defensivos agrícolas. 

A publicação destaca dados expressivos referentes à atuação e desempenho do Sistema que, em 2023, recebeu um volume de embalagens pós-consumo 10% superior ao registrado em 2022, destinando de forma ambientalmente correta 53,2 mil toneladas. Já na frente de educação ambiental, o Programa de Educação Ambiental (PEA) Campo Limpo impactou mais de 261 mil estudantes de 358 municípios de todo o país. 

“Por meio desse documento, apresentamos nossas conquistas e desafios de forma concreta. Entre os destaques, vale citar a expansão do Sistema e o avanço do Programa de Gestão Integrada de Centrais, pelo qual o inpEV assumiu mais cinco centrais de recebimento só no ano passado”, ressalta Marcelo Okamura, presidente do Instituto. 

No Relatório, é possível também conferir dados de ecoeficiência operacional do Sistema Campo Limpo, relacionados ao consumo de energia e água, geração de resíduos sólidos e emissão de gases do efeito estufa. Segundo estudo conduzido pela Fundação Eco+, o programa de logística reversa deixou de emitir 75.239 toneladas de CO2e apenas em 2023.  

Veja os destaques do Relatório de Sustentabilidade 2023 no vídeo, abaixo, ou acesse o material na íntegra.  

Recebimento Itinerante em Tocantins conta com ação educativa 

Durante o evento, cerca de 100 estudantes de escolas estaduais de Tocantinópolis participaram de palestras sobre a devolução adequada de embalagens vazias de defensivos agrícolas 

O Recebimento Itinerante de embalagens vazias de defensivos agrícolas, realizado no dia 6 de junho, em Tocantinópolis (TO), teve um toque especial. Cerca de 100 alunos do ensino médio regular e técnico de escolas estaduais do munícipio – muitos deles filhos de produtores rurais – acompanharam o evento e participaram de palestras sobre a importância da devolução correta dos materiais pós-consumo.  

A atividade educativa foi promovida pela Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Tocantins (ADAPEC), sendo as palestras ministradas por Antônio Francisco da Cruz Pacheco, Fiscal do órgão. A ação contou com a participação de estudantes do Colégio Estadual Dom Orione (curso técnico em Controle Ambiental), Colégio Estadual Professor José Carneiro de Brito e da Escola Estadual Paroquial Cristo Rei (curso técnico em Segurança do Trabalho). 

“Essa iniciativa está alinhada ao propósito do Sistema Campo Limpo, que é destinar corretamente as embalagens vazias de defensivos e promover a educação e conscientização ambiental”, observa Ana Telma Maia, coordenadora Regional de Assuntos Institucionais do Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias (inpEV). 

“Esse momento não apenas ampliou nosso entendimento sobre a importância da devolução das embalagens, mas também nos motivou a disseminar essa prática consciente em nosso meio, visando promover uma cultura de responsabilidade ambiental e coletiva”, destaca Thais Sousa, estudante da segunda série do curso técnico em Segurança do Trabalho Integrado ao Ensino Médio, da Escola Estadual Cristo Rei.  

Somente nesta ação de Recebimento Itinerante, 28 produtores rurais e empresas do agro devolveram suas embalagens vazias, resultando em um total de 1,1 tonelada de materiais recebidos. O evento foi realizado pela Associação do Comércio de Insumos Agropecuários da Região Tocantina (ACIART) em parceria com a Secretaria Municipal de Agricultura de Tocantinópolis e com o inpEV.  

Em entrevista especial, executivo da Bayer destaca iniciativas sustentáveis da companhia e atuação junto ao inpEV 

“O trabalho do inpEV como entidade gestora do Sistema Campo Limpo é vital para garantir que as embalagens vazias sejam processadas de maneira segura e sustentável”, ressalta Tiago Santos, diretor de Marketing de Proteção de Cultivos da Divisão Agrícola da multinacional 

Tiago Santos é diretor de Marketing de Proteção de Cultivos da Divisão Agrícola da Bayer, uma das maiores empresas dos setores da saúde e agrícola do mundo. Formado em Engenharia Agronômica pela Unesp, tem mais de 20 anos de atuação no agronegócio brasileiro. Acumula experiência em empresas do ramo nas áreas técnicas, de vendas e marketing, com grande proximidade aos agricultores brasileiros. Nessa entrevista exclusiva ao Portal do Sistema Campo Limpo, o executivo destaca algumas iniciativas sustentáveis da companhia e fala sobre a importância do trabalho do inpEV, por meio do Sistema Campo Limpo.  

1. Quais ações a Bayer tem desenvolvido para garantir a destinação correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas? 

A Bayer tem implementado diversas ações para garantir a destinação correta das embalagens vazias de defensivos agrícolas, visando preservar o meio ambiente, a segurança do trabalhador rural e do consumidor. Esse compromisso abrange todas as fases do ciclo de vida dos produtos, desde o desenvolvimento até a descontinuação, assegurando uma gestão segura e sustentável. 

Temos várias iniciativas de orientação, rastreamento e apoio a programas em todo o mundo para garantir a reciclagem e eliminação seguras de embalagens e recipientes vazios. Só no Brasil, mais de 750 mil toneladas de embalagens foram destinadas desde 2002 por meio do Sistema Campo Limpo e do inpEV, do qual somos associados desde a sua constituição. O Instituto Nacional de Processamento de Embalagens Vazias conta com uma ampla operação de logística reversa das embalagens vazias de produtos da indústria de defensivos agrícolas, assegurando sua correta destinação. O país é referência na destinação ambientalmente correta desses materiais. 

Essa parceria também nos permitiu desenvolver programas de design de embalagens ecologicamente corretas, implementar treinamentos para distribuidores e agricultores sobre o manuseio adequado dessas embalagens e testar opções de reciclagem de plástico. 

2. Que outras iniciativas relevantes da companhia relacionadas à sustentabilidade você destaca? 

A sustentabilidade permeia todas as nossas estratégias de negócio. Começamos dentro de casa e em nossas unidades fabris. A Bayer assumiu o compromisso de se tornar neutra em carbono e de reduzir em 30% a pegada de gases de efeito estufa no campo até 2030, por meio de medidas de eficiência energética e captura de carbono. Desde janeiro, 10 de nossos sites consomem energia de matriz 100% renovável e, até o final deste ano, serão 11 unidades no Brasil, incluindo Camaçari (BA). Este importante avanço é resultado de uma parceria firmada para os próximos 10 anos e já reduziu em 29% nossa emissão de CO2 em 2023, em comparação com 2019. 

Desenvolvemos várias iniciativas de food chain e para escalar a agricultura regenerativa. Nosso programa de Carbono é referência no Brasil. Junto à Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outros parceiros, estamos cocriando um mercado de carbono para agricultores, estimulando a adoção de práticas agrícolas regenerativas, aliando produtividade à redução e mitigação do impacto no meio ambiente, expandindo nosso olhar para adaptação e regeneração. Para a Bayer, a agricultura regenerativa é um modelo de produção baseado em resultados. Melhorar a saúde do solo é uma parte fundamental. Outros aspectos fundamentais incluem a mitigação das mudanças climáticas por meio da redução das emissões de gases de efeito estufa e do aumento da remoção de carbono, a manutenção, preservação ou restauração da biodiversidade nas explorações agrícolas, a conservação dos recursos hídricos por meio da melhoria da retenção de água e da diminuição do escoamento, além da melhoria do bem-estar social e econômico dos agricultores e das comunidades.  

3. Quais são os principais desafios que a Bayer enfrenta na implementação dessas práticas sustentáveis? 

Atualmente, temos dois grandes desafios ao apoiar os agricultores na intensificação de práticas sustentáveis. Um deles é a mensuração dessas ações, especialmente quando olhamos para o sequestro e as emissões de carbono na agricultura. Temos evoluído nesse aspecto por meio de nossa parceria com a Embrapa para tropicalizar as ferramentas de mensuração de carbono no ecossistema agrícola, nos programas de Carbono da Bayer. Outro desafio é escalar as soluções para que cada vez mais agricultores possam aderir a essas práticas e acessar diferentes elos da cadeia, considerando a demanda crescente por produtos que atendam a diversos critérios socioambientais, desenvolvendo seus negócios em conformidade com novas e rigorosas regulamentações climáticas no mundo todo. 

4. Como avalia os resultados do Sistema Campo Limpo em termos de impacto ambiental e sustentabilidade? 

Avaliamos os resultados do Sistema Campo Limpo como altamente positivos em termos de impacto ambiental e sustentabilidade. Desde 2002, o inpEV, por meio deste programa, tem desempenhado um papel crucial na destinação correta das embalagens de defensivos agrícolas, sendo um dos programas mais bem-sucedidos no mundo. Esse esforço e a parceria entre toda a cadeia têm contribuído substancialmente para a preservação do meio ambiente, reduzindo a contaminação do solo e da água e promovendo a reciclagem de materiais.  

5. Gostaria que falasse da importância do trabalho do inpEV como entidade gestora Sistema. 

O trabalho do inpEV como entidade gestora do Sistema Campo Limpo é vital para garantir que as embalagens vazias sejam processadas de maneira segura e sustentável. Ao colaborar com essa iniciativa, a Bayer reafirma seu compromisso com a responsabilidade ambiental, contribuindo para a preservação dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente.