Sistema Campo Limpo G4-26 e DMA
O engajamento dos agentes diretamente envolvidos no setor de defensivos agrícolas e a articulação de diferentes estratégias de recebimento permitem que o Sistema Campo Limpo (SCL) alcance cobertura nacional e assegure a destinação final correta de todas as embalagens devolvidas pelos produtores rurais às unidades de recebimento. Esse total perfaz 94% das embalagens primárias (que têm contato direto com o produto) comercializadas ano a ano e 80% de todo o volume de embalagens de defensivos agrícolas (plástico, papelão e metal).
Por meio do SCL, o material recebido é encaminhado para o destino final. A maior parte das embalagens volta ao sistema produtivo como matéria-prima para empresas recicladoras parceiras do inpEV, que produzem novas embalagens para defensivos (Ecoplástica Triex), tubos para esgoto, embalagem de óleo lubrificante, cruzetas de postes de transmissão de energia, conduítes e dutos, entre outros. Em 2014, elas representaram 91% do material recebido.
Os 9% restantes reúnem embalagens que não são passíveis de reciclagem ou que não passaram pelo processo de tríplice lavagem ou lavagem sob pressão pelo agricultor no momento de preparo da calda. São as embalagens flexíveis ou que acondicionam produtos não miscíveis em água, por exemplo.
Não há, no mundo, uma iniciativa de logística reversa de embalagens de defensivos agrícolas pós-consumo como o SCL. Segundo estudo setorial realizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES)1, o recolhimento chega a 76% na Alemanha, 73% no Canadá, 66% na França, 50% no Japão e 30% nos Estados Unidos.
1 SILVA, Martim F. de O. e COSTA, Letícia M., A indústria de defensivos agrícolas, “Estudo Setorial de Química”. In: BNDES Setorial Química, 2012, p. 233-276.