Eficiência e qualidade G4-26 e DMA
SCL amplia seu alcance e supera desafios com investimentos estruturados em logística, informação, capacitação e segurança
O agronegócio representa 22,54% do Produto Interno Bruto e vem registrando crescimento acima da economia nacional. Envolve 5,1 milhões de propriedades rurais. Destas, 27%2 utilizam defensivos agrícolas. Entre as médias propriedades, a parcela que utiliza o produto chega a 36% e, entre as grandes, 80%. Em linha com a maior projeção do Brasil no cenário mundial de alimentos e para atender à necessidade de aumento da produção, o setor vem atuando em duas frentes: ampliação da fronteira agrícola, com a entrada em cena de novas áreas de plantio, conhecidas como Mapitoba (Maranhão, Piauí, Tocantins e Bahia), e aumento da produtividade, com investimentos crescentes em tecnologia “dentro da porteira”, como o uso de defensivos agrícolas.
Para acompanhar o crescimento da demanda, o inpEV investe continuamente no aperfeiçoamento da estrutura logística e da gestão de processos e de informações que dão sustentação ao Sistema Campo Limpo. O foco na eficiência tem como objetivos aumentar a capilaridade do recebimento, manter os custos compatíveis e capturar valor associado às atividades do Instituto.
Em 2014, o Sistema destinou 42.646 toneladas de embalagens, o que representa um incremento de 6% em relação ao resultado de 2013. Do total, 91% das embalagens foram recicladas. Os 9% restantes – compostos de materiais flexíveis, que condicionam produtos não miscíveis em água ou que não foram corretamente lavados pelos produtores durante o preparo da calda do produto aplicado nas lavouras – foram incinerados. G4-EN28
2 Fonte: Brasil – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Censo Agropecuário (2006), p. 216. Disponível em: http://www.ibge.gov.br. Acesso em: 10 de março de 2015.
Embalagens destinadas (t) G4-EN23

Destinação por região - 2014 (%)

Destinação (t)
Estado | 2013 | 2014 | Variação (%) |
---|---|---|---|
Bahia | 3.254 | 3.298 | 1,4 |
Espírito Santo | 296 | 369 | 24,5 |
Goiás | 4.499 | 4.454 | (1,0) |
Mato Grosso | 9.564 | 9.852 | 3,0 |
Mato Grosso do Sul | 2.646 | 2.933 | 10,9 |
Minas Gerais | 3.304 | 3.228 | (2,3) |
Paraná | 5.003 | 5.367 | 7,3 |
Pernambuco | 216 | 312 | 44,4 |
Piauí | 509 | 787 | 54,7 |
Rio Grande do Sul | 3.753 | 4.479 | 19,4 |
Rondônia | 246 | 386 | 57,3 |
Santa Catarina | 615 | 824 | 34,0 |
São Paulo | 4.769 | 4.816 | 1,0 |
Tocantins | 278 | 400 | 44,1 |
Rio de Janeiro | 39 | 57 | 47,6 |
Outros* | 1.415 | 1.082 | (23,5) |
Totais | 40.404 | 42.646 | 5,5 |
* Representa a soma de Distrito Federal e estados do Acre, Alagoas, Amazonas, Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Rio Grande do Norte, Roraima e Sergipe.
Nota: variações na quantidade destinada de um ano para o outro nos estados são consequência de fatores pontuais, entre eles: variação no consumo de defensivos agrícolas causada por mudanças climáticas, disponibilidade de frete, otimizações na logística e expansão da fronteira agrícola.
Conhecimento aplicado
Com a revogação, em 2014, da Resolução Conama 334/03 – que proibia o recebimento de sobras ou resíduos de produtos nas unidades de recebimento – e a sua substituição pela Resolução Conama 465/14, o Sistema Campo Limpo, coordenado pelo inpEV, iniciará um planejamento para também receber e destinar embalagens com sobras de produtos pós-consumo considerados impróprios. Trata-se de produtos fabricados e comercializados regularmente no Brasil, mas que estão com a data de validade vencida ou a embalagem avariada.
O recebimento de restos de produtos nas centrais não é imediato, pois a nova resolução prevê modificações físicas, mudanças em procedimentos operacionais e obtenção de uma nova licença de operação no órgão competente. Os primeiros recebimentos das sobras acontecerão ainda em 2015, e a expectativa é que até 2017 todas as centrais estejam adequadas e licenciadas para o novo serviço.
Inovação
Criada pelo inpEV em 2008, a Campo Limpo Reciclagem e Transformação de Plásticos fecha o ciclo da logística reversa de embalagens vazias pós-consumo de defensivos agrícolas com a oferta no mercado de produtos de alta qualidade. O destaque é a Ecoplástica Triex, uma embalagem inovadora para defensivos agrícolas que combina camadas de resina virgem e resina reciclada e oferece alta resistência. Ela foi a primeira de sua categoria a obter a certificação UN (grupo II, densidade 1,4 g/cm3) para o transporte marítimo e terrestre de produtos perigosos.